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na estação

E surgiu na estação em frente ao parque para se integrar à multidão que frequentava a avenida, apesar do frio, apesar dos crimes, apesar do capítulo da novela. Era sexta-feira, os sujeitos se fortaleciam em suas potencialidades de sujeitos, sujeitavam-se uns aos outros, influenciavam-se em suas identidades de fim de semana recém reconquistadas. Os sujeitos se irmanavam pelo frio, e marchavam uma marcha quente. A avenida ardia. Tomou uma taça de vinho duvidoso, não para se aquecer, mas querendo dilatar um espaço para a paixão que ameaçava invadir. A avenida era uma paixão só.


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